Friday, February 24, 2006

Wonderwall

O vento bate no rosto, as pernas correm, o peito arfa, isso molhado na cara é da chuva ou são lágrimas? A boca se abre, as cordas vocais gritam, os dentes rangem, os pés tropeçam.

Chão. Dor, corte, sangue. Dor, frio, joelho. Maldito joelho fodido! Pela rua deserta ecoam passos, os passos dela. Ele tenta se levantar. Quer fugir, quer correr... Mas não pode. O joelho dói... Dor no joelho, dor na cabeça, dor na alma.

Manca. Sem destino, qualquer lugar onde ela não esteja. Mas ela já está lá, e a mão dela alcança seu braço.

"SOLTA" O braço luta pra se livrar, mas a mão dela é forte. Aperta com mais força, as unhas entrando na pele dele. Dor.
"Não"
"SOLTA CARALHO!!" Os braços a empurram. Ela se desequilibra, a mão dela não o solta.

Chão. Ela bate a cabeça no cimento, sua mão larga o braço dele, ele cai por cima dela. Gotas de chuva pingam do cabelo dele, e, junto às lágrimas, molham o rosto dela. A mão que segurava seu braço se estende e afaga seu rosto.

"por favor... Me deixe só."

"Não."

Os braços dela o envolvem. E achuva contínua caindo...



----------------------------------------
Da série "qualquer um pode ser um modernista"... ou pelo menos tentar :P

2 Comments:

Blogger Rodrigo "Qu4resma" said...

Cara de sorte .__. ou não? o.O
("Quaquer um pode ser um modernista" LOL)

7:51 PM  
Anonymous Anonymous said...

é... eu entendi. eu acho. eu interpretei, vamos por assim. ^^

2:01 PM  

Post a Comment

Subscribe to Post Comments [Atom]

<< Home